sábado, 28 de maio de 2016

Escolas Literárias - Humanismo

Resumo de Humanismo (Literatura Brasileira)

O que é?

Você viu que o Trovadorismo foi o período de produção literária da Idade Média marcado pelas cantigas, que eram cantadas (acompanhadas de música). 


Da cantiga para a poesia palaciana

Depois de um tempo, as cantigas deixaram de existir e foram substituídas por poesias mais elaboradas, que deixaram de ser cantadas e passaram a ser escritas. Essas poesias se restringiam aos palácios e às pessoas mais nobres e cultas. Por isso, esse tipo de poesia era chamado de poesia palaciana. Ou seja: no Trovadorismo, as poesias eram cantadas (cantigas) pelos trovadores. No Humanismo, a poesia deixou de ser acompanhada de música e ficou mais elaborada e mais culta (poesia palaciana).


Período de Transição

O Humanismo também é o período da história da Literatura Portuguesa situado entre a Idade Média e a Idade Moderna (Renascimento). O que vemos aqui é um momento onde o ser humano procura se valorizar mais, ou seja: o Teocentrismo (Deus no centro de tudo) e o domínio da Igreja Católica são substituídos pelo Antropocentrismo (o homem no centro de tudo). É uma época de grandes avanços científicos (destaque para Galileu, que provou a teoria heliocêntrica, dizendo que o sol é o centro do sistema planetário) e, assim, o homem passa a ser mais racional (Racionalismo).


Tipos de textos escritos no Humanismo:

Poesia Palaciana (Poesia Lírica): como nós já vimos, é uma  poesia mais elaborada do que as cantigas do Trovadorismo. É caracterizada por: redondilhas (maior e menor), ambiguidades, aliterações, assonâncias, figuras de linguagem. A visão da mulher continua sendo idealizada, porém existe mais sensualidade e intimidade. Os sentimentos do eu-lírico são mais aprofundados.

Crônicas de Fernão Lopes (Prosa): Crônicas que relatavam os acontecimentos históricos de Portugal. Fernão Lopes soube conciliar os fatos históricos às técnicas de narração com qualidade literária. Suas principais obras foram: "Crônica d’El-Rei D. Pedro", "Crônica d’El-Rei D. Fernando" e "Crônica d’El-Rei D. João I".

Gil Vicente (teatro): início do teatro leigo (desvinculado do teatro cristão). Teatro rústico e primitivo, que critica o homem e os seus costumes com o propósito de reformá-los (teatro moralizante e reformador). Destaques: Auto da Barca do Inferno, Auto da Lusitânia, Farsa de Inês Pereira. 

Esclarecendo: os autos são peças teatrais que abordam principalmente a temática religiosa. Já as farsas são peças de caráter cômico. São mais curtas e são baseadas no cotidiano. 


Portanto, de modo geral, podemos destacar esses três aspectos no Humanismo: Gil Vicente (teatro moralizante que critica a sociedade), Poesia Palaciana (mais sensual e elaborada do que as cantigas do Trovadorismo) e Fernão Lopes (crônicas históricas com qualidade literária).

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