terça-feira, 25 de abril de 2017

Tipos de Gramática - Parte II

 No artigo anterior tivemos a oportunidade de pincelar acerca da Gramática Normativa e vimos que ela prescreve as regras, normas gramaticais de uma língua e que ela também admite somente uma forma correta para a realização da língua, tratando as variações como erros gramaticais. Vimos que a Gramática Normativa na atualidade é muito criticada pelos gramáticos, pois já se admitem outras gramáticas como a descritiva, a gerativa, etc.

 Já sabemos que a Gramática Normativa toma como base as regras gramaticais tradicionais e o uso da língua por dialetos de prestígio como, por exemplo, obras literárias consagradas, textos científicos, discursos formais, etc. As variedades linguísticas faladas são tratadas como desvio da norma até que sejam dicionarizadas e oficialmente acrescentadas às regras gramaticais daquela língua. Nada disso é surpresa, é o que já dissemos antes, quando é criado um novo vocábulo, de início a gramática não aceita, depois de anos, a gramática acaba se apropriando do vocábulo e passa a tê-lo como fator culto.

 Alvo de críticas ou não a Gramática Normativa extremamente importante para todos os usuários da língua, pois é com ela que se analisam as sentenças produzidas pelos falantes. Dessa maneira, as obras literárias consagradas, textos científicos, discursos formais, etc. são materiais que formam a base para que se obtenham regras gramaticais de cunhos tradicionais. E, sendo assim, as variedades linguísticas faladas são tratadas como desvios da norma culta até que sejam dicionarizadas  e oficialmente acrescentadas às regras gramaticais daquela língua. O que eu quero dizer é que um vocábulo dado hoje como "errado" pela Gramática Normativa pode ser considerado padrão "certo" daqui a cem anos, por exemplo. Ou seja, chega uma hora que a Gramática Normativa precisa "engolir" a língua. É como uma mãe que depois de o filho tanto insistir naquilo negado antes por ela, ela acaba cedendo.

 A Gramática Normativa é uma disciplina e tem por finalidade codificar o uso do idioma, induzindo as normas que representam o ideal da expressão correta. As regras da Gramática Normativa são fundamentadas nas obras dos grandes escritores, onde é colocado um ideal de perfeição da língua como se não houvesse variações de pessoa para pessoa, dependendo do meio do contexto. É nela que se espelha o uso idiomático que se consagrou.  

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